Dermatologia Clínica

A acne é uma doença de pele muito frequente, surgindo principalmente na adolescência, mas que também pode aparecer na vida adulta, principalmente em mulheres. Se caracteriza pela presença de espinhas e cravos que surgem devido a presença de um processo inflamatório das gândulas sebáceas e folículos pilosos. É uma doença que afeta muito a autoestima devido às alterações estéticas que provoca, incluindo as lesões que ela pode deixar – manchas e cicatrizes. Diversos tratamentos podem ser realizados – desde terapias tópicas, sistêmicas até procedimentos como peelings, luz intensa pulsada. No caso das cicatrizes, o tratamento é individual e costuma envolver técnicas combinadas, entre elas microagulhamento, peelings químicos, MMP, subcisão, entre outros.

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum nos seres humanos, ocorrendo devido um crescimento anormal e descontrolado das células que a compõem. Os mais comuns são os carcinomas basocelular e carcinoma espinocelular. O melanoma cutâneo é o mais agressivo, mas felizmente ele é raro. Os principais fatores de risco para câncer de pele são: pele e olhos claros, exposição solar crônica, queimaduras, historia pessoal ou familiar de câncer de pele, entre outras. Para o melanoma, existe uma regra chamada ABCDE que auxilia na detecção de lesões suspeitas ( se notar uma “pinta” ou “sinal” com esses critérios, procure um dermatologista para avaliação):
A: assimetria
B: bordas irregulares
C: múltiplas cores
D: diâmetro maior  ou igual a 6 mm.
E: evolução ou modificação da lesão

Consulte um dermatologista para ser examinado pelo menos uma vez ao ano, e receba orientações sobre a fotoproteção e sobre o autoexame da pele. O diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais.

A dermatite seborréica é uma doença muito comum da pele que costuma acometer as áreas ricas em glândulas sebáceas da pele, como o couro cabeludo (dando sintomas de vermelhidão, coceira, descamação – a famosa “caspa”), além de algumas áreas da face e tronco. É uma doença crônica, com
períodos de melhora e piora dos sintomas, existindo tratamentos para as fases de crise e para as fases de manutenção. Além do tratamento medicamentoso, alguns cuidados como a frequência de lavagem dos cabelos, temperatura da água e evitar fatores desencadeantes como dormir de cabelo molhado, utilizar produtos não adequados para seu tipo de pele podem auxiliar no controle da doença.

Na hiperhidrose ocorre uma sudorese excessiva, que pode se manifestar nas axilas, palma das mãos, face, cabeça, solas dos pés, virilhas, entre outros locais, tendo um impacto profundo na vida do paciente. A sudorese é produzida pelas glândulas sudoríparas  e o tratamento pode ser feito por drogas, via oral ou tópica, cirurgia e também por meio da aplicação de toxina botulínica nos casos localizados, com a vantagem de não ser um método invasivo como o cirúrgico e ter boa resposta clínica.

A bromidrose é uma condição na qual a sudorese corporal vem acompanhada de um odor desagradável, podendo ser causada por bactérias que vivem na pele e modificam o suor. Alguns alimentos também podem interferir no suor. O tratamento pode envolver, além do controle da hiperhidrose quando presente, o uso de antibióticos tópicos e controle de outros fatores causais.

O melasma é uma desordem crônica da pigmentação da pele, se caracterizando por manchas de cor acastanhadas, de localização simétrica, principalmente na face, mas podendo também aparecer em áreas extra-faciais. Vários fatores estão envolvidos no seu aparecimento e piora: exposição solar, fatores hormonais (gestação, uso de pílulas anticoncecpcionais), exposição à luz visível (do celular, computador, luz do ambiente), fatores hereditários, entre outros. O seu tratamento envolve a fotoproteção adequada, além de tratamentos tópicos, orais e procedimentos feitos em consultório.

As micoses são doenças da pele e seus anexos – unhas e couro cabeludo, que são causadas por fungos. Para o diagnóstico, alguns exames complementares podem ser necessários como exame micológico direto e cultura para fungos. Dependendo do estágio de acometimento,  as opções terapêuticas vão variar. Cuidados de higiene auxiliam na prevenção.

A rosácea é uma doença inflamatória crônica, que se caracteriza por deixar a pele vermelha, sensível e com lesões que lembram espinhas, fazendo diagnóstico diferencial com a acne.

Ela acomete principalmente o rosto, mas também pode acometer os olhos.

Alguns fatores são relacionados a piora da doença : alimentos ou bebidas quentes, bebidas alcoólicas, alimentos apimentado, frio ou calor excessivo, exposição solar, atividade física, entre outros. O tratamento vai variar de acordo com cada estágio da doença, podendo envolver tratamentos tópicos, sistêmicos e algumas tecnologias, como a luz intensa pulsada, entre outros procedimentos.